quarta-feira, 13 de novembro de 2013

ENOLI LARA A SACERDOTISA DO SEXO

ENOLI LARA A Sacerdotisa do Sexo

Enoli Lara – A Sacerdotisa do Sexo 
PORTAL MIE by CLEO OSHIRO

O Brasil é considerado o país do futebol, carnaval, e das mulheres mais lindas do mundo, com suas curvas estonteantes, belas formas, seios fartos e a preferência nacional…bumbum avantajado. Falando em bumbum, quem se lembra da polêmica em todos os meios de comunicação sobre a famosa e altíssima indenização do bumbum milionário? Para quem não sabe sobre essa história, vamos falar sobre ela hoje…ou melhor, vamos conversar com a dona do famoso bumbum em questão, nada menos que a Sacerdotisa do Sexo, Enoli Lara. Portanto peço a todos que respirem fundo, e se preparem para uma viagem longa, que tenho certeza vão deixa-los sem fôlego. Aos puritanos de plantão, peço humildemente que não se atrevam a mergulhar nesse oceano de pura sedução e magia, onde não haverá lugar para moralismo, mesmo porque não é sempre que tenho o desafio de entrevistar uma Sacerdotisa do Sexo. Estão prontos? Vamos lá então!
Enoli Lara, onde nasceu e onde mora?
Nasci em Curitiba-Pr,  mas vivo no Rio de Janeiro, cidade maravilhosa, Patrimônio da Humanidade há mais de  40 anos, sou carioca de corpo, mente e alma. Espiritualmente, estou na terra há muito tempo e reencarnei desde o Egito.
Você foi considerada símbolo sexual nos anos 80, causou muita polêmica com sua nudez?
Eu vivi o ápice da minha imagem e fiz história de 1986 a 2000. Final dos anos 80 e início dos anos 90.
E sobre a famosa ação judicial que você moveu por causa do seu bumbum?
A ação de uso indevido de imagem, do meu bumbum, aconteceu nos anos 80, 1986 e ganhei o processo através de um acordo, em 1989.
É verdade que você foi a primeira mulher a desfilar completamente nua  no Carnaval?
Exibi no Carnaval o primeiro nu frontal pintado em 1988, como Rainha do  C.R. Flamengo e como Rainha da E.S., União da Ilha do Governador, no enredo “Aquarilha”, em homenagem ao compositor Ary Barroso, que era flamenguista. Protagonizei a primeira e inédita nudez do carnaval. Nessa época fui capa de revista no Japão. Em 1989, levei para a Avenida, o inédito e único nu total do Carnaval, como “Afrodite a deusa do Amor “ no enredo “Festa  Profana”, na E.S. União da Ilha do Governador. Cheguei a desfilar por duas vezes, pois a escola ficara em terceiro lugar. O carro alegórico da Deusa Afrodite havia sumido depois do desfile e sai no carro da Deusa  Ísis, no desfile das campeãs, onde eu vinha cercada de homens. Até hoje  alguns deles, se declaram excitados com aquele desfile.
Pertencendo a uma família tradicional, como eles reagiram a sua maneira de viver?
Sempre fui a melhor aluna, dedicada exclusivamente aos estudos, ganhei todos os concursos de literatura e também como cantora em programas de rádio. Fui a mais religiosa e quando a família se converteu ao Protestantismo, aos 15 anos, eu tinha um programa de rádio, para falar sobre a Bíblia.  Aos 19 anos casei e tive meu filho. Ao me separar do meu marido, como era muito bonita, com um rosto expressivo, participava de feiras e eventos. Fiz a Fenit em São Paulo e  fui conhecer o Rio de Janeiro, levada por um amigo de meu tio, que morava lá. Como gostava de artes plásticas e meu amigo era pintor, fui a uma exposição. Assim conheci meu segundo marido, o escultor Edgar Duvivier, de família tradicional, com quem vivi 15 anos. Quanto a imagem da nudez, ela surgiu quando meu filho já tinha quase 20 anos e eu era independente, morando no Rio, visitando a família no sul, de vez em quando. Sempre fui uma mãe exemplar e excelente esposa.
E sobre  essa história que você foi seduzida, aos 13 anos de idade?
No meu livro, no cap. A Mística do Nu, conto tudo, mesclando realidade e ficção, erotismo e misticismo. Adoro história e lia muito sobre a civilização grega, onde a sexualidade se realizava nos templos, as sacerdotisas dançavam nuas. Isso foi determinante na minha fisionomia religiosa e sexual. Era desde jovem exuberante sexualmente.
Sua fama cresceu após o uso indevido da imagem do seu bumbum e sobre a indenização de 40 mil dólares?
Foi um divisor de águas  na minha vida, a ação de uso indevido da minha  anatomia . A lei não configurava  uso  de imagem, a não ser que exibisse  fisionomia, tivemos que provar que cada parte de um todo, tem uma fisionomia, ou seja, o bumbum, ou o torso, já que mostrava as costas toda, tem um rosto. Foram feitas fotos médicas  para comprovar a ossatura etc. Eu tinha o sequencial das fotos, exibindo o meu rosto, mas eles só usaram a foto de costas. Graças ao brilhantismo de meu advogado fizemos um acordo no valor de 40 mil dólares, mas o valor seria bem acima disso.
Já posou nua para alguma revista?
Posei nua para grandes artistas plásticos, inclusive para  pintura do gênio Di Cavalcanti no ano de 1973 e para o meu  marido e mestre, Edgar Duvivier, posei para pintura e escultura durante 15 anos. Para a revista Playboy, posei  em dezembro de 1986, no inicio  do processo de uso indevido de  imagem, com o título :”Confira se as ancas dessa morena  valem três milhões de cruzados novos”. Fotografei para a revista Ele &Ela e para a revista Max Italiana,  só com scarpins, desfilando nua,  nos corredores do São Conrado Fashion Mall. Fiz também o vídeo “The girls from Rio” para New York, com outras  brasileiras, capas da Playboy. Gravei um vídeo erótico “A Mística do Nu”(1989), uma  ideia e concepção minha  e a câmera de Jony  Raw . Ao exibi-lo na Vídeo Trade Show  em  São Paulo, a Abril Vídeo  comprou as imagens incorporando outras e lançou o Vídeo” Playboy Paixão Nacional,  Enoli Lara um bumbum de 40 mil dólares”. Houve interesse  da  Abril Vídeo, por causa do uso indevido da imagem do meu bumbum que era perfeito e pela inédita nudez do Carnaval. Até hoje, faço pelo menos três vezes ao ano, fotos nuas. Para  trabalhos requisitados, para postar nos meus blogs, e mais pelo simples prazer de me exibir  e me desnudar para as câmeras e quem quiser ver.
Além de atriz e modelo, você é  escritora. Sua autobiografia “Trilogia do Prazer a sacerdotisa do sexo, você se desnuda? Conta tudo realmente?
A autobiografia  “Trilogia do Prazer a sacerdotisa do sexo”,  mistura realidade e ficção, a história e estórias de um mito libertário e seu interdito, mesclando mitologia, antropologia, o perfil da cultura e da arte de uma época. É uma leitura mística e erótica.  Escrita com ética, não declino nomes, embora , engrandeça as pessoas. Pela maneira de contar, fica ás vezes difícil transitar entre a realidade e o lúdico. Fui rotulada de “ Scheherazade Tupiniquim”.
Seus relacionamentos com homens famosos, como os atores (Marcos Winter, Felipe Camargo), o cantor (Jerry  Adriani),  e os jogadores Falcão e Renato Gaúcho, aumentaram sua fama? Tem mais alguém que é conhecido?
Fiquei famosa pela minha beleza e ousadia  libertária, por romper tabus, pelo ineditismo quanto a ação de uso indevido de imagem e a nudez do Carnaval, pela perfeita anatomia calipígia, ou seja… pelo belo bumbum  e cérebro, fui intitulada o “Bumbum pensante”. Sempre fui uma mulher muito bem casada e o período em  que  aconteceram os affairs com famosos, foi no momento em que eu estava separada. Com o Falcão, tive um relacionamento mais longo, e também com um Ministro, um diretor de TV e dois grandes  empresários, um deles foi meu marido por dez anos. Mas nenhum nome é citado no livro. Nunca expus ninguém, contudo, eles se sentiriam honrados pela maneira como eu conto, ou crio as estórias.
Você é conhecida como a “Sacerdotisa do Sexo” , por quê? Isso assusta os homens ou atrai?
Sempre fui, tanto mística quanto erótica. Assim como as sacerdotisas gregas que se desnudavam e faziam sexo nos Templos. Como as bruxas da Idade Média e as gueixas, mulheres que detinham o saber e o prazer. Quem me nominou a sacerdotisa do sexo, foi meu mestre e amigo o escritor Joaquim Ferreira dos Santos, que me homenageou no seu livro “Minhas Amigas”, com duas crônicas. A maioria dos homens e alguns fãs, se referem a mim como sacerdotisa do sexo. Um rapaz mais jovem que namorei, e que teve a iniciação sexual comigo, nunca  me esqueceu e desse dia em diante, só me chama de sacerdotisa. (Observação: não me relaciono com fãs, nada  contra, mas nunca aconteceu). Os homens se sentem atraídos pela minha exuberância sensual, alguns ficam receosos de chegar mais perto, mas fazem a corte, o tempo todo. Sou uma mulher privilegiada, sempre fui desejada, os homens são meus cúmplices eróticos por toda a vida. Sou dessas mulheres que atraem e assustam e vice-versa. Posso afirmar que sou inesquecível, nunca fiquei com um homem uma única vez. Tenho amores de 20 anos atrás e eles desejaram reviver, o que já aconteceu.
Já tentou carreira política?
Eu era jornalista do Jornal “A Notícia, ligado ao jornal “O Dia”, e escrevia uma coluna  erótica, inédita, já que os sexólogos e psicólogos é quem desenvolviam esse tema nos veículos de  comunicação. Como a saúde no Brasil sempre foi precária, ingressei na carreira  política, tendo como plataforma a saúde. No Brasil não havia ainda os preservativos e como eu escrevia sobre sexo, resolvi focar no combate a AIDS e DSTS. Comprei preservativos em New York (gastei quase 15 mil dólares do meu dinheiro) e na campanha, distribuía para a população. Na época os casos de Aids aconteciam mais entre os homossexuais, ao contrário de hoje, quando a maioria dos casos ocorre entre os heterossexuais, com um número muito elevado de mulheres jovens. Minha campanha foi filmada pela TV de Los Angeles, por ser  a única no mundo abordando a sexualidade de maneira positiva e a distribuir preservativos. Fiz votos para me eleger, na maioria de jovens, mas o próprio partido já tinha escolhido o candidato, que foi cassado, logo depois. Foram as eleições mais fraudulentas do estado do Rio de Janeiro, as últimas manuscritas, em 1992. Nas eleições seguintes, foram usadas as urnas eletrônicas.
Que história é essa, que você saiu as ruas usando apenas um espartilho para distribuir preservativos?
Foi em 1992, quando fui candidata a Vereadora pela cidade do  Rio de Janeiro, já que minha plataforma era  área de saúde, prevenção e educação sexual nas escolas, eu usava na campanha espartilhos, e o meu  corpo como bandeira, como a imagem da sexualidade. Outros me rotulavam de a “Cicciolina Brasileira”, mas eu argumentava que  a Cicciolina proclamava” o sexo livre “ e eu pregava o “sexo seguro”. As vezes eu colocava dois rapazes de sunga, representando espermatozoides, dentro de plásticos, imitando camisinhas. Outras vezes, mulheres de biquínis, lutando num ringue com gel, em plena praça pública e sempre com farta distribuição de preservativos. Era para passar uma mensagem mais simples e divertida de um assunto sério e vital. A juventude me apoiou, fiz folder de campanha ilustrando o uso de camisinhas, inclusive a colocar com a boca, detalhe que até hoje alguns eleitores e fãs não esquecem. Trouxe de New York camisinhas de dedos, de língua, de cores e sabores variados, inéditas até hoje, já que no Brasil, o governo não investe na prevenção e nem educa o povo nesse sentido. Prefere  investir milhões no coquetel e medicamentos para quem já está contaminado, uma incoerência brutal. Sempre quis exercer a cidadania de maneira ativista, positivista e benfeitora, mas fui mal interpretada, criticada e discriminada.
E sobre um CD que você gravou em vários idiomas, onde você simulava orgasmos?
Gravei  o “Orgasmo Universal” com palavras de amor em inglês, francês, italiano, espanhol, português e árabe. As palavras em árabe, jamais são pronunciadas por uma mulher, assim me confirmou um amigo árabe, mas os homens ficam altamente excitados ao ouvirem. Fui convidada  a gravar o programa da Hebe,”Elas por Ela” no SBT. Ela estava sob censura na época, por denunciar os “Anões do Orçamento”. Por causa de algumas palavras mais ousadas, não pude me apresentar dançando numa cadeira, com um corselet  sexy, reproduzindo com movimentos eróticos o ato sexual. Até hoje essa música continua inédita, mas em breve, vou lançá-la no meu blog, site e chat, com edição de imagens eróticas. Depois disso surgiram as mulheres frutas, algumas do Funk, exibindo, na maioria das vezes mensagens pejorativas sobre a mulher.
Você foi casada por 15 anos com o escultor Edgar Duvivier, membro de uma das famílias mais ricas e importantes do Rio de Janeiro. A diferença de idade  entre vocês era muito grande. Mesmo assim vocês viviam bem? Ele era  ciumento?
A maioria  da pessoas desconhece essa  parte da minha vida, que é das mais significativas. Aos 20 anos vim ao Rio e como já descrevi em perguntas anteriores, conheci o escultor Edgar Duvivier que tinha 60 anos. Ele já estava separado, assim como eu do primeiro casamento. Eu sempre me senti atraída por todas as artes e tinha interesse em aprender a esculpir. Edgar era professor na ESDI (Escola de Desenho Industrial). Fomos apresentados por um amigo em comum, o pintor Samuel Brandão, que dizia ser eu, a forma feminina esculpida por Edgar em suas esculturas. Na primeira noite fomos jantar e houve o encantamento. E ficamos juntos por mais ou menos 15 anos. Éramos cúmplices, na arte e no amor. Ao me ver, Edgar ficou visivelmente impressionado e disse que meus traços remetiam às esculturas de Fídias e que o corpo era de uma  Vênus Calipígia. A sua primeira escultura  “Amor” em mármore, que está no Museu nacional de Belas Artes, reproduz o meu corpo, ou seja  a mulher idealizada tinha os meus traços. Mas como explicar se foi esculpida  em 1940, dez anos antes de eu nascer?! Vivemos um grande  amor de romances históricos, como Camile  Claudel e Rodin. Assim como ela, fui mulher e amante amada, a criatura e a criação, a aprendiz e modelo. Fui morar na mansão Duvivier com ele e minha sogra, e tive um convívio tranquilo com seus filhos, com sua ex-mulher e toda a família. A mítica Janete Clair, encantada com a minha história, escreveu um bloco de capítulos, para a novela “Coração Alado”, onde eu aparecia com as minhas esculturas. A separação aconteceu por causa dos ciúmes doentios dele, embora eu nunca tivesse dado motivo. Ele me fazia ouvir o Adágio de Albinoni, sugerindo pactos suicidas. Dizia ser o Pigmaleão, o criador e a criatura e deveríamos morrer juntos.
Você tem um filho, é fruto desse casamento? Como é a relação entre vocês? 
Meu filho Jefferson (o nome em homenagem a Thomas Jefferson- Direitos do Homem), herdou a minha genética, pois na minha família tem louros de olhos azuis, a minha intelectualidade, um predador do conhecimento. Ele é Teólogo, Biólogo, professor de Criacionismo e está fazendo mestrado e fará doutorado em Genética, na Califórnia. Estuda grego, latim, aramaico e hebraico. Será um Teólogo Cientista, talvez o primeiro do Brasil. Sempre  vivemos bem, harmoniosamente. Foi criado comigo e hoje é casado e será o futuro papai de um menino. Ensinei a ele a história da arte, fascinada que sou pelo Egito e com Edgar ele aprendia a desenhar e música, tocava inclusive flauta doce.
Sua fama é de ser uma mulher muito liberal, ousada, provocativa, sensual e polêmica. Isso ajuda ou atrapalha num relacionamento?
Sou uma mulher libertária, não libertina. Ousada provocativa, sensual, polêmica etc. Duas frases regem a minha vida:
_”Meu interesse  não está em agradar, mas em surpreender e provocar”. ( M. Béjart)
_”Você que já foi ousada, não permita que a amansem”.(Isadora Duncan)
Apesar da idade, você continua uma mulher lindíssima e muito atraente. Qual o segredo para se manter tão jovem e saudável?
Sou uma mulher extremamente vaidosa, porém medrosa, fujo das cirurgias plásticas. Adoro aulas de alongamento local, mas sou como turista acidental, nas práticas  de  aeróbica e musculação. Curto sentir prazer, não dor. Costumo declarar, há mais de 20 anos, que a beleza e a textura de minha pele jovial, tem explicação, como Cleópatra no uso constante de sêmen, já que seus componentes, são frutose, enzimas, aminoácidos, proteínas, vitaminas, B12, C e E, potássio, uréia, fósforo, magnésio e zinco, cuja deficiência pode resultar em baixa fertilidade. Também hormônios, neurotransmissores, endorfinas e imunodepressores que combatem a depressão, ou seja, o esperma é um antidepressivo natural. A lamentar que agora tem que ter controle de qualidade, senão fica na embalagem, na camisinha. Mantenho a saúde mental lendo e escrevendo muito e a espiritualidade, vivenciando o sincretismo, sou cristã protestante, kardecista, encantada com o hinduísmo, o budismo, a cabala a angeologia, etc…
É muito assediada? Está casada no momento?
Sou assediada constantemente, mas o mundo virtual parece perigoso, prefiro ser cortejada e receber elogios em ambientes sociais e nas ruas. Tenho a sorte de ser desejada até por antigos maridos e amores e por vezes, alimento esse prazer redivivo. Vivo atualmente uma paixão sexual que já dura seis anos, com um homem 20 anos mais jovem. De vez em quando um revival com os amores  inesquecíveis. O mundo virtual tem me proporcionado paixões avassaladoras, e o assédio de alguns fãs que ainda são deslumbrados pelo mito Enoli Lara. Por isso estou escrevendo  um livro sobre o relacionamento amoroso no mundo virtual. Parece que pode haver casamento em breve, depois eu conto tudo.
Qual  seu maior desejo?
Meu maior desejo já realizei, foi ser mãe e ter sido abençoada com o filho amado. Logo chega o netinho, aliás já está a caminho. Um dos meus maiores desejos é fazer cinema.
E  sua maior decepção?
Quanto as  decepções, são as mais variadas possíveis, mas eu as deleto, só vou falar agora, porque se faz conveniente. A maior delas foi culpa minha, foram os abortos feitos .Poderia ter mais três filhos, um deles de um atleta famoso. A outra grande decepção foi a tentativa de carreira política, amarguei desilusão, perda de patrimônio, o oposto dos políticos de hoje que multiplicam seu patrimônio. Não faço questão que gostem de mim, mas para criticar há que ter embasamento.
O que um homem precisa para te conquistar?
Gosto de homem a moda antiga. Elegante, gentil, cavalheiro e cavaleiro. Tem que ser um  lord na sociedade, um deus Thor guerreiro atuante, um deus Eros, deus do amor e deus Príapo no sexo, ou seja, um devasso. É difícil achar tudo numa só pessoa, mas já tive essa sorte. Por isso acho interessante manter um harém exclusivo com mais ou menos três namorados, o de mente brilhante e religioso, o poderoso financeiramente e requintado que surpreende e presenteia a mulher e o predador que se alimenta só do corpo e complementa com substância a minha então, nutrida essência. Embora todos sejam excelentes cúmplices na cama, é imprescindível um grande amante. Preciso ter os três tipos de orgasmo: o físico no sexo avassalador, o mental que é transcender como no ato de criar, escrever e o espiritual que  acontece no ritual sagrado e ao exercitar a fraternidade, levar amor, paz, alegria, arte  e ajuda  aos necessitados.
Um momento inesquecível?
Muitos momentos inesquecíveis. 1- O nascimento do meu filho e sua formatura.2- Minha viagem ao Egito, tive a sensação de já ter vivido lá há muito tempo.3- Ter sido eternizada no mármore, no bronze, nas telas de pinturas, nas telas de TV, nos vídeos, nas fotos, na música, nas páginas de livros, por grandes mestres, homens inesquecíveis.4- O primeiro prêmio de Literatura, aos 17 anos e ter tido o prazer de ser a anfitriã do poeta e músico Chico Buarque de Hollanda, na minha cidade, em 1967.5- A minha história de Carnaval pela nudez inédita.6- O  vídeo  Playboy Paixão Nacional, Enoli Lara um bumbum de 40 mil dólares.7-O lançamento da minha autobiografia Trilogia do Prazer a sacerdotisa do sexo, onde conto tudo, com todos os detalhes. (Nova Razão Cultural Editora)

Tem projeto de um novo livro?
Estou escrevendo “A Papisa Virtual” (título provisório), narrando a minha vivência e relacionamentos virtuais, como laboratório para  amor e sexo e para  o aprendizado quanto a egos, as amizades e carências . O outro seria  prestar uma homenagem as mulheres que mudaram a história, desde Cleópatra, Maria Madalena, etc. E um romance “Amantes de Alma”(título provisório), ressaltando a identidade e a afinidade espiritual no amor.
Algum outro projeto em vista?
Quem sabe realizar uma exposição multimídia no Japão?! Esculturas, pinturas, vídeo, música, fotos,  e literatura. Gostaria de poder trabalhar nas artes plásticas, no Brasil de hoje é pouco viável, trabalho com material nobre, o metal e o custo é alto. Como atriz, cantora, locutora, apresentadora, pois tenho a voz impostada, a fala fluente, a pronúncia perfeita, sou afinada e tenho um grave marcante. Sou  mezzo soprano. Gostaria de fazer um programa de variedades na TV, mais elucidativo sobre sexualidade, abordando temas imprescindíveis para a sociedade como comportamento, saúde, educação, cidadania, religião, filosofia etc.Fazer cinema, como já disse, é um sonho que deveria virar realidade, num mundo virtual com os blogs e um chat , como um reality show , em tempo real eu e meus fãs, O  projeto já existe e tenho um anjo da guarda que me ajuda nesse sentido, Kiko  Chehin que cuida dos sites e blogs das Panteras, ele é brasileiro, mas mora na Holanda. Um luxo!
Como você se define?

  • “Sou mitológica, solene, irreverente, como a água transparente. Coerente, como a ingenuidade da criança, o veneno da serpente, o dízimo de um crente. Sou a voz indecente e purificada, articulada por mente não virgem, mas santificada. Enoli Lara -(Trilogia do Prazer)

domingo, 6 de outubro de 2013

REVISTA QUE AMAMOS - ENOLI LARA

13 de setembro de 2009

RQA entrevista: Enoli Lara

Ela é responsável pelo maior boom de visitas do RQA. Não é difícil apontar o motivo: sua capacidade de gerar polêmica e ferir os olhos dos moralistas retrógrados com sua nudez ousada que, para ela, é natural. E é com essa naturalidade, sinceridade e autenticidade que Enoli Lara, conhecida nacionalmente pelo processo milionário de uso indevido de imagem de seu bumbum e com sua nudez total no carnaval, que respondeu às minhas perguntas. Da mesma forma que já apareceu nua na revista, ela agora aparece nua em palavras, demasiadamente reveladora. Minha tentativa de defini-la é em vão. Só digo que, por trás da imagem de superpantera, há uma mulher de espantosa inteligência, conflitante com suas formas exuberantes.
Facetas desconhecidas de Enoli: artista plástica e mãe
- De alguma forma te incomoda à associação que as pessoas fazem da Enoli Lara à polêmica, sem conhecerem seu lado atriz e sua literatura, ou tem consciência de que foi o que lhe alçou à fama e como sempre será lembrada?
EL: Minha vida é regida por duas frases: "Você que já foi ousada não permita que a amansem" (Isadora Duncan, dançarina dionisíaca). "Meu interesse não está em agradar, mas em surpreender e provocar" (Maurice Béjart, coreógrafo francês). Gostaria que meu lado intelectual sobrepujasse o físico, mas acredito que agora isso possa acontecer. Infelizmente a nossa sociedade é puritana, cheia de falso pudor. Se a mulher é bonita, não pode ser inteligente; se é erótica, deve ser vazia, oportunista etc. Eu tive uma adolescência religiosa e casei aos 18 anos. Aos 20 anos me separei, contra a vontade dos pais. Já era mãe e conheci o meu segundo marido, 40 anos mais velho que eu, o célebre artista plástico e homem de sociedade Edgar Duvivier, um gênio na arte e um mestre no amor. Fui mulher, aluna e modelos de suas obras. O Bumbum ficou eternizado em mármore e bronze. Com certeza o bumbum foi minha marca registrada. Não porque era perfeito ou por exibição, mas ao me separar, posei para fotos e uma delas, foi usada em horário nobre na TV, antes do Jornal Nacional, durante dois anos, numa propaganda do Banerj. Com esse processo, único no mundo por uso indevido de imagem, no caso o bumbum. Abri um precedente na lei e passei para os anais da jurisprudência brasileira. Ganhei o processo através de um acordo, com a ré, a empresa Globotec. A TV Globo veiculou o comercial, mas movi o processo contra a empresa que prestava serviços para ela. Depois veio a nudez do Carnaval, em 1988, levei para a Avenida o corpo nu pintado, como uma tela, em vermelho e preto, era a rainha do C.R. Flamengo, no enredo "Aquarela do Brasil", na ES.S União da Ilha do Governador. Em 1989, EXIBI A NUDEZ TOTAL, COMO AFRODITE, NA "FESTA PROFANA", na mesma ES.S União da Ilha do Governador. Com isso gerei a proibição do nu no carnaval, fui a geratriz da Genitália Desnuda, proibida desde 1990.
Aterrissagens polêmicas na Marquês de Sapucaí
- Você é uma mulher que sempre fez questão de enfatizar que nunca foi reprimida sexualmente. Acha que as pessoas recriminam uma mulher madura que declara ser liberal e que verbaliza os prazeres da carne?
EL: Ao esculpir, escrever, atuar, usufruo de inefável prazer, o orgasmo transcendental, que possui a mesma carga erótica que o orgasmo sexual. Mesclo períodos de abstinência e de exuberância sexual. Fui muito reprimida pela educação religiosa da família, mas sempre deixei fluir o erotismo, que é como linfa, sai pelos poros. Sou epicurista, tudo pelo prazer. Meu erotismo como um ato prometeico, roubando o fogo divino da imaginação para beneficiar a humanidade, enfrentará a punição, o suplício inexorável. A maioria das pessoas, principalmente as mulheres tem dificuldade em liberar e exibir a sua sensualidade e sexualidade. Algumas alegam fotografarem nuas só pelo dinheiro. Eu me denomino "A mística do nu" (nome do meu vídeo que deu origem ao vídeo Playboy Paixão...). Adoro estar nua, faço as fotos prazerosa e orgasticamente. A vida toda servimos a dois senhores: Senhor do Prazer e Senhor do Sofrimento. Prefiro ser arauto da alegria e do prazer. Como qualquer mortal, tenho meus momentos de sofrimento, mas vivencio sozinha, anonima e silenciosamente. É evidente que já perdi parte de meu patrimônio financeiro, por ingenuidade, como em campanha política em 1992, distribuindo camisinhas e lutando pela inclusão da educação sexual nas escolas. Perdi apartamentos, ao separar de maridos, ou amores com quem não sentia mais desejo.
Cercada de luxos
Provocante ensaio assinado pelo partner-fotógrafo Fernando Cussate
- Recentemente você protagonizou um ensaio apimentado em Ipanema. Por trás do intuito de divulgação, foi uma oportunidade de inflar o ego, mostrar como está bem fisicamente e receber elogios?
EL: Eu estava totalmente envolvida com o meu livro, nunca gostei de malhar, a não ser aulas de alongamento e agora aulas de core trainning (com bola) na academia Ipanema 24 horas, onde encontro amigas famosas e amigos de imprensa etc. Só fiz uma cirurgia plástica, há 15 anos, próteses nos seios, que eu já deveria ter trocado. Digo que está em queda livre. Eu estava na praia, relendo o livro e me dourando ao sol com um amigo, o magnífico fotógrafo Wagner Carvalho. O mar estava agitado e impróprio para o banho. A praia estava vazia e resolvemos brincar de fotografar, já que eu não havia me preparado, nem com produção. Eu estava assustada à beira d'água, as ondas me arrastavam e o helicóptero do Corpo de Bombeiros sobrevoou o local, pensando tratar-se de um afogamento. Cheguei a me afogar, mas como estava no raso, nada sofri. Passado o tumulto, ele fez algumas fotos mais sensuais na areia. Solicitei a ele que não mostrasse as fotos para ninguém, pois deviam estar engraçadas. Eu acreditava não estar "bem na foto". Uma semana depois, ele me ligou e pediu para acessar o site Ego. Confio no trabalho dele, pois já clicou as mais famosas e poderosas musas, atrizes de todas as idades. Ele faz a foto sem precisar perder muito tempo corrigindo. Para alguém como eu que fotografou sem retoques, mesmo porque não existia certas facilidades como hoje, ainda não estou dando muito trabalho ao fotógrafo. Tenho uma empatia com a câmera, sei me posicionar e como disse, acho um prazer, uma delícia estar nua ou seminua, principalmente com pessoas olhando. Sou exibicionista. Lógico que muita gente se aproximou quando começamos a fotografar. Costumo dizer que tenho tudo original de fábrica, exceto as próteses de seios, mas não tenho implante de cabelos, unhas postiças etc, como a maioria delas. Na verdade, fiz sempre sexo com qualidade, mais que quantidade. Passei a maior parte da minha vida casada e aos 35 anos saí do anonimato, por mero acaso. A foto usada na TV, a do bumbum clicado na praia, sem a minha autorização, usando um biquíni da Yez Brasil, posando para as lentes do fotógrafo Gervázio Batista para a revista Manchete deu origem a tudo. Na época, nem havia essa febre de academias, quem tinha o corpo perfeito era natural, original, esculpido pelo Criador.
Entregue ao mar, naturalmente
- Em entrevista, você disse ter o desejo de posar nua aos 60 anos. Quais são as suas idéias para esse ensaio, se pudesse escolher cada detalhe?
EL: Um dos meus sonhos é fotografar nua. Nos Estados Unidos, algumas playmates fotografaram aos 50 e 60 anos. No Brasil não é comum isso acontecer. Quero quebrar esse tabu também. Já estou fazendo alguns ensaios, pretendo reviver alguns mitos da história: rainhas, mulheres ousadas e libertárias, revolucionárias, transgressoras como Cleópatra, Salomé, Messalina, Joana D'Arc, Luz Del Fuego etc. Sonho com um ensaio erótico a bordo de uma nave, pois a lei da gravidade é diferente. Como seria a acoplagem? Já fiz sexo de quase todas as maneiras, esse seria inédito. Sou extremamente performática, tenho alongamento de ginasta olímpica, sou um caso sério em variar posições, não seria difícil.
O mítico bumbum por Ernani D'Almeida
Foto carinhosamente intitulada por ela de "pão-de-mel"
- Se orgulha em estar do time da PLAYBOY, onde as mais importantes e interessantes mulheres do país apareceram nuas?
EL: É magnífico fazer parte do time da Playboy. É o sonho de toda a mulher. Já tive convite de outras revistas, mas nunca fechei, sempre tive a expectativa de voltar a fotografar para a poderosa revista Playboy, eu que fui a única brasileira a participar de um vídeo da Playboy americana com segmento nacional com imagens das playmates e da Deusa mítica, a maior de todos os tempos: Marilyn Monroe. Acredito que se fizesse um novo ensaio, venderia muito, pois o site Ego, como dizem, bombou. Acho que fui mais requisitada do que quando tinha 20 anos. Propostas de namoro, fãs aficionados, pedidos de fotos, propostas indecentes etc. Acho maravilhoso num país como o Brasil isso acontecer.
Ensaio para a PLAYBOY em 1986
- Tem guardadas suas edições e vídeo feitos para a revista?
EL: Tenho a revista Playboy, edições dos mais belos bumbuns da Playboy e das 200 mulheres da Playboy e o vídeo, único lançado no Brasil, "Playboy Paixão Nacional: Enoli Lara, um bumbum de 40 mil dólares”. Fiz, também, a revista italiana Max.
Vídeo Paixão Nacional lançado em 1989
- Quem vê suas fotos, percebe uma entrega, um sentimento, um propósito. Acha isso fundamental numa foto de nu?
EL: "A nudez era a única maneira de mostrar como a sua alma estava livre naquele momento" (Paulo Coelho em Brida). "O libertino está mais próximo dos santos que o homem sem desejo" (Bataille - O Erotismo). É um exercício de Amor para consigo mesmo e para os outros. Embora fetichista, gosto de acessórios que exibam uma nudez velada. Até ao fazer as minhas orações, fico ajoelhada nua, durmo nua e ando nua pela casa, mas sempre de saltos altos. Ao fazer amor uso espartilhos, meias de seda, scarpins. Às vezes vestidos esvoaçantes, sem calcinha. Tenho uma mania, desde adolescente: levo sempre na bolsa duas calcinhas sobressalentes, além da que eu estiver usando. Assim como cremes, perfumes etc. Sou o outdoor da nudez implícita e explícita. Estreei na Avenida a nudez frontal e total do Carnaval. Tudo o que fiz na minha vida, eu mesma criei, idealizei, de modo catártico, em insites, não premeditado, mas instintivamente. Às vezes pareço reviver vidas passadas, como escrevi na minha biografia erótica. Algumas pessoas dizem se liberar após beber um pouquinho, ou usar algo, mas eu adoro estar lúcida para usufruir do prazer da exibição. Sou 99% exibicionista e só sou voyeur de mim mesma. Tento manter a harmonia da tríade: corpo, mente e espírito. Não sou adepta de nada que alterem o comportamento. Sou radicalmente contra as drogas e desvios sexuais, como sadomasoquismo etc.
Clicada por Ricardo Cânfora em 1992
- Embora tenha declarado que não deseja mais alimentar seu lado sensual publicamente pelo filho, seu livro, que em breve será lançado, é cheio de passagens-bomba de cunho sexual e apareceu seminua na TV. Isso não é contraditório?
EL: O meu livro é nitroglicerina pura! Contudo não expõe ninguém. Os leitores irão se surpreender: não contem pornografia, é literatura erótica. Vou fazer jus ao apelido da maravilhosa jornalista Hildegard Angel: "Enoli Lara, um bumbum pensante". Não tenho assessoria, padrinho ou patrocínio, por isso no programa Superpop, me adequei ao programa e recebi algumas críticas negativas. Não me arrependo, pelo contrário, foi altamente positivo e produtivo. Tenho sido assediada por homens e mulheres, fãs e admiradores. Prefiro a mídia da ousadia, da transgressão positiva do que se a exposição por doenças terminais, envolvimento com drogas ou paixões fatais. Respeito todas as pessoas que passam por esses sofrimentos, mas graças a Deus tenho privilégio de nesse momento ser a voz da luxúria e do prazer. Infelizmente a humanidade é mórbida, se mobiliza mais com a desgraça alheia e como não tem a afinidade com seu lado erótico, ou não ousam revelar suas fantasias, se sentem incomodadas com quem sabe lidar com a verdade da sua sexualidade saudável.
Capa do livro que faz tributo ao prazer
- Estou correto ao afirmar que você foi uma das precursoras nesse estilo de carreira artística voltada para o marketing no Brasil?
EL: Nunca fiz marketing nem nunca soube fazê-lo. Ao contrário profissionais da área, já me disseram que eu sou boa de marketing, mas não sei tirar proveito, ou melhor, não sei auferir lucros. Embora lúcida, não premedito obter vantagem financeira, busco a própria satisfação pessoal. Procuro não agredir nem chocar, só levar a mensagem positivista para o próximo. Sou a precursora da nudez do carnaval, a pioneira do uso indevido de imagem do bumbum, fui mito após os 30 anos, fui única mulher a fazer campanha política pregando o sexo seguro e distribuir camisinhas (1992). Estreei o primeiro programa erótico nas tardes da TV, "A mística do nu" (1990). Lancei a primeira coluna erótica, apadrinhada pelo cartunista e jornalista Jaguar, no jornal "A Notícia" - "Transando com Enoli" (1990-1992), sobre sexo seguro e jogo erótico como forma de saúde e prazer. Gravei uma musica orgânica (1997), um rap, um orgasmo com instrumentos de percussão que foi proibido no programa da Hebe, pois ela estava sob censura, por causa dos Anões do orçamento. Habituada ao viver bem, ao luxo, hoje tenho enfrentado adversidades, mas não negocio a minha liberdade, o meu sonho a minha verdade. Até no meio artístico tenho dificuldades, sou discriminada em certas ocasiões, enquanto amigas minhas algumas casadas e que se passam por santas dizem que deitam na cama e eu é que levo a fama... O fantástico é que reencontrei amores de 20 e 15 anos atrás e desejaram um revival e, se dependesse deles, adorariam ficar comigo, e olha que são mais jovens que eu: um tem 45 e outro, 32. Tenho fãs de 20 anos e sou assediada por homens entre 30 e 40 anos. Tenho um grave defeito: sou teúda e manteúda, não saberia dividir a conta, me corta o tesão. Adoro ser presenteada, com livros e jóias. Já recebi jóias dentro de livros. Um luxo!
“Sempre encarei o corpo como a imagem do espírito. Deus nos fez à sua imagem e semelhança, nascemos nus.”
“O erotismo está presente em algumas imagens sacras, em que não se vê as mãos, mas a fisionomia de prazer é equivalente a um momento de orgasmo.”

- Daqui pra frente, o que almeja a Enoli Lara, profissionalmente e pessoalmente?
EL: Lançar a minha autobiografia erótica "Trilogia do Prazer - carnaval, futebol e sexo”. Lançar um CD "A voz da bola" com crônicas eróticas sobre futebol. Estou escrevendo o romance "Amantes de Alma". Fiz um curtametragem "A Interrupção" com atriz Antonia Fontenelle. Estou participando de outro curtametragem "Operação Mamãe", dirigido por Marise Farias, filha do diretor Roberto Farias, escrita por Marina Freitas, e no elenco Catarina Abdalla e Marilu Bueno. É uma comédia. Vou montar o musical "Enoli no país onde tudo abunda", texto do Nani, redator de Zorra Total e Sai de Baixo. Já recebi proposta para um longametragem sobre a minha vida como pin-up brasileira e algumas propostas para filmes pornôs. O que mais adoro fazer é locução, pois o que tenho de mais erótico é a minha voz, que é imperiosa e gozosa. Ela, sim, sobreviverá à lei da gravidade. Tenho um filho, Jefferson, 38 anos, teólogo e professor de Criacionismo, casado, que além das alegrias que me dá, poderá me tornar uma vovó gostosa, mas por hora, sem previsão de acontecer. Desejo trabalhar como atriz na TV e nem me importo de fazer bruxas, personagens sem glamour e sensualidade. Fazer cinema erótico ou não. Um programa de TV erótico com esclarecimentos, turismo, dicas de arte, tudo voltado para o erotismo. Já fiz um piloto, estou à espera de patrocínio. Estou com a "figura na medina". A espera de um cúmplice para viajar, ouvir boa música, dançar e fazer amor e sexo, todos os dias que Deus me conceder, ainda para viver sob o sol na face da Terra.
"Sou Afrodite, nascida da espuma do mar, do sêmem de Urano."

9 comentários:

Leandro M. disse...
Quero ser o primeiro a comentar. Enoli me surpreendeu completamente com esta entrevista. Para chegar a esse resultado, foram muitos contatos, desde junho, mais precisamente 28 e-mails! Tive a oportunidade de conhecer essa pessoa que posso dizer com propriedade que é um doce. Simpática, acessível e disposta a ajudar-me, mesmo estando comprometida com filmagens e finalização de seu livro.

Mas o mais legal de tudo foi mudar a imagem preconceituosa que tinha dela. Aqui mesmo, no RQA, havia dois posts depreciativos sobre Enoli, que ela viu, ficou surpresa e me perguntou a razão. O motivo, lógico, é o desconhecimento, ou o conhecimento superficial, que deve ser o caso de muitos que lerão esta entrevista. Definitivamente, Enoli Lara não é uma mulher vazia, sabe disso e orgulha-se muito. Muito obrigado, Enoli!
Anderson/ascapas... disse...
Tô bege! Demais a entrevista, acho que a Enoli que eu imaginava não existe. Essa é muito melhor. Enoli é demais, adorei conhecê-la de verdade. Leandro parabens pela entrevista e ... estou sem palavras e emocionado.
Anônimo disse...
Aí, Mendes.
Tu estás nos saindo um jornalista de mão cheia. Legal oportunizares à comunidade deste blog, conhecer
a Enoli Lara, uma mulher corajosa e adiante de seu tempo, que nunca precisou acrescentar alguma fruta ao seu nome, para fazer sucesso. E
muito menos tatuagens ao seu corpo.
Muito bom
Crabb & Maria
Brunno disse...
Realmente, com essas declarações de Enoli Lara deu pra conhecê-la mais, além da mulher que só gera polêmica.

Parabéns pela excelente entrevista...
Patrick Cassimiro disse...
Parabéns pela entrevista. Ficou fodona!
Nem conheci a Enoli, mas achei incrível: assim como Torloni mostrou que as mulheres sem o falso puritanismo são bem mais interessantes, Enoli Lara deu show!
Kelvelyn disse...
Tbm não conhecia a Enoli mas como disse o parcero ai de cima, apesar de não saber quem é só pelas respostas da pra ver quem ela é. Muito massa a entrevista.
Anônimo disse...
enoli é uma sonho de mulher culta reqintada uma pessoa maravilhosa como ser humano sem puritanismo mas inteligente eu adoro ela espero poder um dia conhece-la pois ela e para mim como uma pedra rára so quem a possuiu sabe o valor que ela tem ela e uma lady e uma escultora muito profissional!ela e um furacao de mulher ela e muitas mulheres em uma so é como um bom vinho voce tem que saber degustar e ter a delicadeza para sentir a pureza dos sabores!!! essa e enoli juninhobr2
enoli.mlara@gmail.com disse...
Carissimo e adorável Leandro,
É extremamente prazeroso se fazer presente nesse espaço encantado no mundo virtual.
Agradeço a magnífica oportunidade de participar da revistaqueamamos,de visual estético requintado,vanguardista e fiel aos fatos.Você é o refinado portavoz de nossas palavras reais,numa linguagem consistente,provocante e atraente.
Vindo de um homem tão jovem e belo o ato de exibir e restaurar a minha imagem,a minha história,minha obra,projetos e sonhos,foi uma honraria,a "Apoteose".
Que a sua arte e maestria em modelar o erótico,a sensibilidade, a cumplicidade com a cultura,com a beleza do corpo e da alma, a reverência e a admiração por todas nós mulheres,reine ad infinitum,para o prazer de todos os homens.
Muitíssimo obrigada!Meus fãs tambem agradecem.
Carinhosamente,
Beijos,Enoli Lara
leco disse...
meu sonho é realmente conheçe-la um dia achei uma mulher muito linda mas do que muitas menininhas de 20 18 entre outras idades só queria um dia poder toca-la abraça-la é meu sonho de consumo eu alex sarmento pinder natural de santos-sp nascido dia 5 de dezembro de 1980 estou apaixonado por essa menina linda rs deixo um enorme beijo pra vc desculpe-me se fui um pouco exagerado bjs menina linda